Condução em Pedra

Categoria: Condução

 

No Todo-o-Terreno também se encontram caminhos com bastantes pedras.

Na prática do todo-terreno temos de saber lidar com todos os tipos de terreno e as pedras são um deles. São terrenos muito duros, mas não são intransponíveis.
Em primeiro lugar, e como em todas as situações é saber o que se está a fazer. Para isso é necessário observar e perceber cada obstáculo de forma a vencê-lo sem dificuldade ou sofrer danos na viatura. A melhor forma de o fazer é sair do jipe.
As pedras são um obstáculo, por isso a forma e a facilidade como se transpõe, depende de vários factores, tais como: aderência da mesma, tipo de rocha, tamanho, tipo de pneus, e claro está o mais importante a perícia do condutor. Desta forma e para que os seus passeios pela serra não se transformem em pesadelos, aqui seguem alguns segredos da condução.

 

Princípios Básicos

o terreno rochoso é um excelente treino para a nossa condução. Testam-se as capacidades do jipe, principalmente os cruzamentos de eixos e os ângulos. Aumenta o conhecimento sobre a nossa máquina e consequentemente a nossa confiança.
Não deve no entanto, descorar-se que este tipo de terreno pode também trazer sérias dores de cabeça, pois o simples facto de se ficar preso em determinado local, pode traduzir-se em grandes despesas.
Este tipo de terreno pode ser diferenciado em três tipos: os de gravilha ou pedras pequenas, os de rocha com desníveis consideráveis ou blocos e as superfícies onduladas. Qualquer um deles deve ser encarado com bastante suavidade porque expõe toda a mecânica e um esforço e fadiga, originando folgas, desapertos e barulhos parasitas.

 

Condução

O primeiro passo é engrenar 1ª em 4L (baixas) de forma a termos maior potencia e desta forma podermos controlar melhor a progressão e certificar que o jipe passa naquele local, um “passo” em falso pode causar sérios danos ao veículo.

Outro ponto a considerar é a pressão dos pneus que devem estar à mesma que a usada em estrada. Deste modo aconselha-se o uso de pneus duros e próprios para 4x4. (nota: esta opção deve ser ponderada se utilizar o seu samurai no dia a dia, uma vez que este tipo de pneu também tem desvantagens tipo o aumento da resistência ao rolamento, aumento do consumo de combustível, travagens deficientes, grande ruído em andamento e principalmente pelo baixo índice de velocidade)

Para isso devemos também conhecer qual a altura ao solo do nosso Samurai e quais os seus ângulos de ataque, ventral, de saída de pendência e de inclinação lateral.

Se nos surge uma pedra de dimensões consideráveis e não a podemos contornar, devemos considerar em primeira hipótese a transposição lateral, ou seja, com as duas rodas do mesmo lado por cima, nesta altura o limite da inclinação lateral é importante, pois no instante seguinte podemos estar de “pernas para o ar”.

A segunda hipótese, transforma-se na única, quando só podemos passar por cima. Nesta altura, devemos considerar os restantes ângulos, pois deles vai depender o sucesso da transposição. Todos estes obstáculos devem ser abordados em redutoras na 1ª velocidade e com bastante calma, pois apesar do Samurai possuir um excelente ângulo de inclinação lateral, a suspensão pode trair os nossos movimentos formando um efeito de mola, originando um aumento nesse ângulo levando ao capotanço.

Podemos concluir que a ajuda de uma pessoa no exterior que nos indique com precisão as manobras a efectuar é fundamental.

 

Suzuki Samurai Na Pedra

Suzuki Samurai Na Pedra

Material de Apoio

Quando se vai para este tipo de terreno tem de ter em atenção que existem determinados materiais e ferramentas indispensáveis. Estamos a falar por exemplo de um high-lift, um guincho eléctrico ou manual, pedras para calçar e arranjar pontos de tracção, madeira para servir de suporte ao macaco, árvores para se agarrar uma cinta e desta forma o guincho, etc. Tudo serve para ajudar a minimizar os estragos na sua viatura e evitar que fique horas à espera de ajuda, tenha um dia estragado.

 

 

Divirta-se mas não se esqueça da segurança